terça-feira, 9 de abril de 2013

Tenho pena

Tenho pena por termos tomado este rumo desafortunado, que me angustia a cada dia que passa. Foste uma figura bastante imponente na minha vida, como também marcante o tempo que me deixaste protagonizar contigo. O teu perfume foi o que me deixou mais nostálgica pelos momentos que, tantas vezes me causaram insónias e voltas infinitas na cama, perguntando-me como seria se algum dia se concretizasse na realidade. O que, inesperadamente, aconteceu e nos deixou rendidos, aos braços um do outro, horas que pareceram segundos apenas, uma noite difícil de lembrar por tão pouco se assemelhar com uma realidade que já foi a nossa. Fizeste de mim, por uma vez tua, como também sei que, assim um dia idealizaste. Deixaste-me a desejar ter-te sempre que a luz pequena se punha, à luz do que me enfeitiçou, que me prendeu e te prendeu a mim, que me pegou esse teu perfume carregado, que por si só, me deixou repleta de borboletas na barriga, mais do que borboletas, água na boca, um desejo estupidamente grande de te voltar a sentir junto do meu corpo, ouvir e sentir a tua respiração no meu ouvido, bem de perto, o teu toque, o teu olhar.
Tenho pena de me lembrar tão bem de ti e do que um dia tive o privilégio de sentir. Tenho pena de ainda estares tão vivo e tão presente no meu consciente de todos os dias. Muita pena que não saibas isto.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

nem um dia, um único dia que passa sem que apareças no meu consciente ou inconsciente ou no subconsciente, não sei. todos os dias te encontro, todos os dias penso que foste o pior erro que cometi, o erro que não consigo perdoar-me de o ter cometido. fizeste de mim, uma pessoa mais insana, mais louca... dou em doida, sozinha, guardo só para mim o que foi o crime imperfeito por ter deixado tantas marcas e feridas que, como posso constatar não passam com o tempo nem sei se algum dia passarão; mas sim, um crime perfeito, por ter unicamente duas testemunhas, nós, parceiros de um crime que rapidamente foi esquecido e negado pelos dois... mais por ti, do que por mim, mas no fundo por nós e pelo nosso bem. não te pedi nada, nunca te exigi nada, nem mais do que tu me deste ou prometeste dar e ser. eu sabia, eu tinha a perfeita noção no que me estava a envolver e, ainda assim, avancei e aceitei. não tinhas o direito de o fazer, logo a mim, jovem e inocente; não o mereço e continuo a não merecer continuar assim, levas-me sempre para baixo, sem quereres dás-me esperança por sonhar pela replay da situação. culpo-te a ti, por não viver como queria neste momento, por todas as noites ao olhar para o céu voltar a encontrar-te e relembrar tudo o que foi para mim aquela noite. culpo-te pelo meu choro seco, que estancaste involuntariamente, que me toca e não alivia a dor que sinto quando me recordo dos momentos e das sensações que me levaste a conhecer, sem te despedires ou trazeres-me de volta à realidade, porque para ti tudo foi um sonho e para mim, um sonho realizado que se tornou num pesadelo atordoado que me impede de estar a teu lado.
........

quarta-feira, 13 de março de 2013

mais um dia que ontem

tenho de me soltar do que me agarra que é nada. o que era simples e só da minha cabeça transformou-se numa realidade interdita, que para ti nunca se passou.
sinto a estúpida necessidade de me libertar de algo que não tenho forma de suportar. libertar de algo que um dia foi só imaginação, de uma cabeça perdida da realidade. não forcei, não sou culpada, não, na totalidade. o primeiro passo foi teu, demonstraste me que o que um dia achei que fosse um desejo inconcretizável, numa realidade turva e irremediável. já ouvi, vezes e vezes sem conta, que te arrependes do que no momento te foi um mundo, e que sou o erro que duma vida levas somente contigo.
aguentar a tua mudança de estado, ter que te evitar para não piorar, ter que aguentar este choro que dificilmente tenta suportar tanta mágoa e sobrecarga de pensamentos, de memórias. aguentar no silêncio, no escuro, quieta e sossegada na esperança de não ser notada. é difícil. e tu, pouco queres saber, agora.
o que um dia foi somente da minha cabeça, hoje tornou-se um erro que não posso apagar da minha vida.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

eu já te conheço... sempre despertaste o melhor de mim, fizeste o meu coração bater mais forte que nunca. e na realidade, nunca nada foi dito, admitido, nunca se passou. sei que parece que voltaste à tua adolescência, e sei que pensas que já foi à algum tempo atrás. não é de ti nem é só da tua cabeça. é o simples inevitável, que não vais querer desperdiçá-lo, que vamos acabar por usá-lo e de facto, aproveitá-lo. não do melhor modo, porque somos negados sem qualquer hipótese aceitável. é o nosso inconsciente que nos puxa para os braços um do outro, e eu sei que não consegues negá-lo mas no fundo também não aceitas na totalidade. e eu, com a inocência só quero viver essa loucura que imagino ser nesta minha cabeça cheia de loucuras por cometer. preciso de te sentir, de perto, a adrenalina e o sentimento que nos toca e nos une, que nos separa pela mesma razão. torna-nos, desta forma o impensável, intocável. és como o crime que mais me daria gosto de o cometer e eu sei, sou o teu "pequeno" pecado, nos olhos desta sociedade em que vivemos, nunca o poderás fazer mas é o que desejas neste momento. a aventura que traria de volta à inocência dos anos da adolescência. nada somos em concreto, nem o poderemos ser, por enquanto, pelo menos, suponho, eu. sei que quando falamos sou quem puxa mais conversa e acabo por puxar de ti e pelo sentimento que tens dentro de ti, faço-o porque te quero experimentar e ver que não é da minha cabeça nem da tua, faço-o porque sei que o desejas tanto quanto eu. não sou assim tão maluca nem tenho o especial prazer de estragar a vida das pessoas, principalmente a tua. sei o risco que correríamos, o perigo que sentiríamos no corpo, na cabeça, no coração. nunca te iria arruinar a vida, nem a tua nem a minha, porque o risco é pisado por ambos, mas o que é um facto é que somos estupidamente atraídos um pelo outro de forma fatal. já por algum tempo, que não me deixas a pensar noutra coisa se não no momento em que poderemos vir a estar juntos, desejo-te cada vez mais e mais. e eu sei que é como se pecasse só de pensar no que escevo agora e de querer estar contigo, mas não aguento e preciso de exprimi-lo de alguma forma. é privado e será sempre, mesmo que aconteça, só aqui poderei contar, só aqui poderei dizê-lo firmemente. na verdade, a diferença é pouca, o que são 11 anos comparado ao mutuo sentimento que partilhamos, à mesma vontade que temos? para a minha pessoa são só mais três anos de aventura e de descoberta ao que já percorri e avaliei. ao falarmos, sabes conquistar-me e como chegar ao ponto mortal, sabes fazer com que te deseje mais ainda. és o sonho que por um lado, tenho medo de não o concretizar, de o viver e de o sentir,  por sermos tão imperfeitos um para o outro. não me faças cair mais no erro de te desejar mais do que todos os dias quando penso em ti, não faças do meu coração disparar e ao mesmo tempo um colete de balas, para me auto proteger. arrisca, sabes que o quero e espero que saibas que incapaz de fazer qualquer coisa que te pudesse prejudicar. não falo em oficializar, ambos sabemos que morreríamos nesse exacto momento. apesar de um "sonho" é algo que penso, talvez por eu pensar de mais... eu sei que tens medo, não sou propriamente segura, pensas tu, mas já não sou uma criança, apesar de que para ti sou a tua "pitinha" rebelde, sabes que tenho capacidades e que sou matura o suficiente para me poderes falar de ti quando quiseres e fazer de mim, teu porto seguro. não é o sério ambiciono, é a aventura em vivê-la e o particular prazer, em ser contigo. não tenhas medo de mim nem da minha idade, provar-te-ei que sim, que sou novata e muito menos experiente, mas sou uma jovem inspirada e completamente apaixonada pela vida e pelo que ela me traga e, por cada aventura em que nos metemos dia após dia. e acredito que o gosto de viver está em fazer o impensável, o que não foi imaginado, em cometer loucuras, a ter juízo (claro). mas a loucura irá levar-te ao estado de alegria e felicidade, irá dar-te o prazer e o sentimento, o ardor na barriga, as cócegas, e até, os nervos, pelo que fazes não ser o mais correcto aos olhos que quem nos vê e nos conhece. irei levar-te e ensinar-te a aproveitares cada segundo de cada dia, e para que nunca te arrependas de algo que faças. e para que acredites em mim e que, um dia, ensinar-te-ei a ires mais alto, mais fundo, a correres riscos e sentires-te bem.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

não esqueço o que senti quando um dia foste meu, hoje me prometo não voltar ao que aconteceu.
foi por ti ou assim, que eu me deixei, um dia acordei e não sei como voltei.
adormeci neste mundo, que me destrói em segundos. foste tu a razão do que escrevo bem profundo.
um dia iluminado, irradiado, eu e tu, junto ao outro, sem nada enfatizado.
turbulenta noite, que me deixou inquieta, ofuscada, nessa escuridão banalizada.
marcas-te passa e para trás ficaste, opção própria que tomaste de madrugada.
tem cuidado, tu sabe que te amo, como sempre te amei. só não sabes onde estou e onde fico porque sempre aí estive a gora, eu bazei.
folha guardada, mas não esquecida, tento evitá-la mas é impossível. quando acordo ou me deito, és tu no que penso, pelo que sempre pensei. imprevisível.
tanto tempo passou, e ainda aqui fiquei, e em de lutares e agarrares, desprezou, ignorou e bazou.
não te esqueças, já estive aqui, só para ti, mais do que uma vez, e não aprendeste, mesmo erro tu cometeste.
deste um passo em falso, destruíste a vontade e esforço que ainda persistiam, pelo sofrimento causado, ignorado, gozado.
pois um dia vais voltar a desejar-me, a ter a vontade de me voltar puxar-me.
não há duas sem três, como à terceira é de vez.
parei de tentar e desisti de lutar pelo lugar que um dia já me pertenceu, e por erro teu, não há volta ao que aconteceu.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

ainda me lembro de ti, bastante bem, até. lembro-me de todos os nossos momentos. desde o dia em que falamos pela primeira vez, o dia que estive contigo a primeira vez, que tive o prazer de te conhecer por inteiro. obrigada por teres me concedido esse privilégio. obrigada pela pessoa que sempre foste. obrigada pela pessoa que fizeste de mim. obrigada por teres feito do meu mundo, um mundo melhor. por tudo o que me deste, por tudo o que me disseste. por todos os momentos que passámos juntos. ambos sabemos, altos e baixos aconteceram. mas sem eles, não nos tínhamos tornado no que realmente nos tornámos, no que fomos. fizeste de mim, mulher, pelos teus actos de homem. transformas-te o que sabias bem ser difícil de o fazer. mas sim, conseguiste. foste o único a consegui-lo. discutimos, berrámos e chorámos. mas foram esses momentos que nos tornaram únicos, que fizeram de nós um só. era só contigo com quem eu queria estar, era só a ti que queria abraçar. fizeste dos meus sonhos, uma realidade única. tão forte, tão poderosa. já não queria dormir, para sonhar no que eu queria. contigo, acordada, tudo foi possível. lembro-me perfeitamente, conheci-te no dia 22 de Abril de 2011, dia dos meus anos. foste a melhor prenda que poderia ter recebido nesse dia, nessa altura. percebi logo, que não irias ser um mero rapaz a passar pela minha vida. e não foste. hoje, 22 de Outubro de 2012, passado mais de um ano que te conheci. ainda não te esqueci, dificilmente te esqueço. marcaste-me tanto, fizeste tanto de mim. foi no dia 16 de Maio de 2011 que começámos a namorar e já foi tarde para te dizer o quanto te amava, e te amo. passou tanto tempo, ainda não consegui tirar-te da minha cabeça. noite e dia. só quero o teu bem, sempre quis o teu bem. mas nem o tempo me ajuda, nem o tempo cura. amo-te e amar-te-ei sempre, por completo.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

sentido contrário

não vives para criado, não nasceste ensinado, de partido tomado, cérebro fumado.
alcanças o destino, tornáste-te divino, tantas voltas e caminhos.. mãos na terra, pés no ar, ao contrário do que pensas, estás meramente a voar. de sentidos trocados, olhares apagados, num beco esgotado, por vezes atormentado, luto neste estado, por algo acabado. parado e invertido, vazio e despido, nessa estrada de trilhos.

sábado, 8 de setembro de 2012

mais um dia

como começa ou mesmo, como acaba, é tudo uma incógnita. relaciona-se com o facto de existir uma possível explicação para tal acto, essa atitude sem sentido de orientação, desse movimento complexo, atordoado. que o tomas como cego e indomável, criatura do outro mundo, não afável, melancolicamente intratável. não sei de onde vens e onde pretendes ir, no fundo, onde queres chegar? esse mundo que não passa de um destacável, vago e promocional, fácil e estatal. percurso incomparável, torto e indeciso, para lá do incorrecto, não directo, mas preciso. doente e abismal, de corpo frio e, mente quente, dias longos, noites ausentes, continuo de pé, mesmo deitada. ninguém me abate, sou intocável. de mente aberta, pronta a aceitar, essa tua rebeldia, que por vezes me deixa a pensar, no que seria se aceitasse, mostrar-te esse meu mundo, tal traço maluco, por onde muitos não entram. não fiques de fora, se te pedi para que entrasses, dá o teu toque, a tua mão não largarei, és o laço confiável, que não escaparei.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

indefenido

és desleal
achaste a vitima
fazes te surreal
sou eu
tenho sido sempre
para ti, estranha,
a desconhecida
desconfiado e indeciso,
por esse largo caminho.
nao entendo como,
sabes que sempre estive,
aqui ou ali,
presente para ti,
um dia
inesperado,
precisei do que eras,
do que me foste,
do que senti,
daquilo que nunca esqueci;
eras tu
presença privada,
nesse mundo em que páro.
nesse,
onde eu habito,
onde te desejo,
onde espero por alguém
que, não alcanço.
por ti esperei,
cheguei a tal ponto
que, desesperei.
ninguem sabe ,
ninguem entende.
sentimento pronfundo
que me pretence,
que eu nao entendo,
nao julgo
mas nao esqueço.
nem percebo,
só quero encaminha-lo,
poder estar contigo...
abraçar-te,
nao te tendo por inteiro,
pedir te segurança,
ficares do meu lado
e nao separado,
dessa felicidade
que sonhavas,
mas nao alcançavas.
desejo te a ti e ao pecado,
do meu estado,
incomparado,
essa atitude de coitado
apenas testado,
por sentimentos depravados.
sempre na cabeça
talvez um dia desapareça;
ou mesmo,
apareça.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

CENSURADO

Não sei no que é que estou metida
Estou demasiado alta
Nesta vida,
Sem a chegada da partida,
Caminho ilusório
Que não me afeta,
É uma linha controversa
Por vezes reta,
Às vezes e nem sempre
Contorcida,
Imaginária.

Caminho discreto
Aberto para os incertos:
Apaga-se o correto
E rebenta-se o "achado",
Retorcido para o deserto.
Esquece-se o real
Presenteias esse mundo
Conhecido como o mal,
Ficaste agarrado, 
Demasiado viciado
Nesse jogos bem marados
Todos trocados,
Desorientados
Vícios tramados.
Destino acabado,
Futuro arruínado.