quarta-feira, 26 de setembro de 2012

sentido contrário

não vives para criado, não nasceste ensinado, de partido tomado, cérebro fumado.
alcanças o destino, tornáste-te divino, tantas voltas e caminhos.. mãos na terra, pés no ar, ao contrário do que pensas, estás meramente a voar. de sentidos trocados, olhares apagados, num beco esgotado, por vezes atormentado, luto neste estado, por algo acabado. parado e invertido, vazio e despido, nessa estrada de trilhos.

sábado, 8 de setembro de 2012

mais um dia

como começa ou mesmo, como acaba, é tudo uma incógnita. relaciona-se com o facto de existir uma possível explicação para tal acto, essa atitude sem sentido de orientação, desse movimento complexo, atordoado. que o tomas como cego e indomável, criatura do outro mundo, não afável, melancolicamente intratável. não sei de onde vens e onde pretendes ir, no fundo, onde queres chegar? esse mundo que não passa de um destacável, vago e promocional, fácil e estatal. percurso incomparável, torto e indeciso, para lá do incorrecto, não directo, mas preciso. doente e abismal, de corpo frio e, mente quente, dias longos, noites ausentes, continuo de pé, mesmo deitada. ninguém me abate, sou intocável. de mente aberta, pronta a aceitar, essa tua rebeldia, que por vezes me deixa a pensar, no que seria se aceitasse, mostrar-te esse meu mundo, tal traço maluco, por onde muitos não entram. não fiques de fora, se te pedi para que entrasses, dá o teu toque, a tua mão não largarei, és o laço confiável, que não escaparei.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

indefenido

és desleal
achaste a vitima
fazes te surreal
sou eu
tenho sido sempre
para ti, estranha,
a desconhecida
desconfiado e indeciso,
por esse largo caminho.
nao entendo como,
sabes que sempre estive,
aqui ou ali,
presente para ti,
um dia
inesperado,
precisei do que eras,
do que me foste,
do que senti,
daquilo que nunca esqueci;
eras tu
presença privada,
nesse mundo em que páro.
nesse,
onde eu habito,
onde te desejo,
onde espero por alguém
que, não alcanço.
por ti esperei,
cheguei a tal ponto
que, desesperei.
ninguem sabe ,
ninguem entende.
sentimento pronfundo
que me pretence,
que eu nao entendo,
nao julgo
mas nao esqueço.
nem percebo,
só quero encaminha-lo,
poder estar contigo...
abraçar-te,
nao te tendo por inteiro,
pedir te segurança,
ficares do meu lado
e nao separado,
dessa felicidade
que sonhavas,
mas nao alcançavas.
desejo te a ti e ao pecado,
do meu estado,
incomparado,
essa atitude de coitado
apenas testado,
por sentimentos depravados.
sempre na cabeça
talvez um dia desapareça;
ou mesmo,
apareça.